ESTUDOS AVANÇADOS DE ASTROLOGIA
ESOTÉRICA
“A LUZ COMO AFLUÊNCIA”
(O complexo da pobreza)
Por
Elman Baccher
Tradução Carlos
Viccino
A palavra “Afluência” é derivada de duas palavras
latinas “ad”, que significa para fora e “fluere” que significa “fluir”. Nós a
usamos geralmente para referirmos a condições caracterizadas como abundância e
plenitude de provisão de riquezas; porém, uma melhor avaliação do significado da
palavra nos dá a chave de seu significado esotérico. Não é basicamente uma
descrição de condições senão uma qualidade de consciência por meio da qual a
abundância se alcança e se manifesta. Em outras palavras, a consciência humana,
a luz mediante a qual um ser humano percebe a “LUZ” – contém a potencialidade de
funcionar com “afluência” de maneira que por correspondência as condições de
abundancia possam fluir nos ambientes e assuntos humanos. Assim, como o desejo
de alcançar a saúde é um dos muitos esforços humanos de perceber a LUZ, assim
também é o desejo de alcançar a afluência. É importante saber como pode
um ser humano gerar uma classe de consciência que faz possível a abundancia em
sua vida.
Se a consciência da “fome” é indicativa de uma necessidade
profundamente sentida, então a “pobreza” é uma combinação dessa necessidade com
a convicção de que essa necessidade não se pode, e nem se poderá realizar-se. A
pobreza é o contrário da abundância – representa uma privação de consciência que
esta demonstrada externamente pela deficiência ou carência relativas de coisas
essenciais ou desejadas. Não nos sentimos “pobres” por não ter algo que nós é
indiferente. Sentir-se “pobre” é sentir-se privado de algo que pelo qual temos
um forte desejo ou necessidade. O complexo de pobreza é uma forma de padrão
mental, de qualidade congestionada, pela qual um ser humano se priva das
realizações da fluência ou fluição das coisas; esta privação é uma convicção de
carência que caracteriza geralmente seu modo de vida ou se manifesta em algum
fator especifico ou área de sua vida. O complexo de pobreza é sempre uma reação
cármica devido a abusos ou ao mau uso dos meios e de oportunidades em vidas
passadas. Ele esta construído essencialmente sobre o medo e culpa residual, como
uma reação subconsciente de ações trazidas do passado, como
“desperdício”, “a destruição”, “a desonestidade” e a
“desonra”. Devido a estes resíduos minamos nossa consciência do reto uso; nosso
espírito de destruição produz um poder de repulsão no nosso subconsciente que
“nega” nosso desejo de atrair aquilo que agora desejamos ou necessitamos; pela
desonestidade, pela desonra, privamos outras pessoas daquilo que
lhes pertencia legitimamente e esse resíduo subconsciente, agora se manifesta
como “complexo de pobreza”, é a essência enervante e inanimada do medo e da
culpa. Seja de curta ou demorada duração, o “sentimento de pobreza” é sempre um
indício, uma comunicação ao nosso consciente, devido à reação inconsciente, de
que uma revisão drástica da nossa consciência é necessária.
Essa revisão deve se estabelecer na nossa mente subconsciente
antes que as condições melhoradas possam se manifestar nas nossas condições
externas. Em outras palavras, os sentimentos de uma pessoa sobre a vida e sobre
si mesma devem ser melhoradas ou transmutadas por um processo de sinceridade,
para que ela pela expressão de sua consciência possa “fluir com mais liberdade
em sua vida” e que a manifestação da abundancia da vida possam “fluir com mais
liberdade em seus assuntos pessoais“. A água é o símbolo mais perfeito do
principio de “afluição na vida”; assim a água nas nuvens, em forma de gelo ou
neve, deve ser deixada livre antes de fluir para os rios. É o poder do calor que
torna a água livre, de seu estado estático como gelo ou neve e libera suas
potencialidades; correspondentemente deve haver alguma forma de calor espiritual
no subconsciente humano como meio de revivificar a perspectiva de si mesmo e de
suas condições. Como se consegue esta ação renovadora? Consideremos o que o
Grande Mandala Astrológico (um círculo de doze casas rodeado pelo circulo do
Zodíaco com o signo de Áries no Ascendente) tem a nos oferecer como
guia?
Consideremos primeiro os dois signos que formam o diâmetro
vertical da roda: Câncer, signo cardeal de água, está no extremo inferior;
Capricórnio, signo cardeal de terra está no extremo superior; a linha vertical
completa é a linha de geração e descendência. A Lua, regente de
Câncer, é o símbolo arquetípico da “Mãe”; Saturno, regente de Capricórnio, é o
símbolo arquetípico do “Pai”. Esotericamente estes dois signos e a linha que
formam, é uma emanação que vem desde o centro da roda, e se refere ao atributo
de um ser humano de criar seu próprio destino pelo exercício de sua consciência
de encarnação à encarnação. O homem determina a sua linha evolutiva existencial
de acordo com os padrões que estabelece em sua mente subconsciente (Câncer) e
pela maneira de como exterioriza estes princípios ou fundamentos (Capricórnio).
Por sua participação no poder criador do pensamento, cada ser humano é a mãe e o
pai da qualidade de seu próprio padrão ou linha evolutiva. Devido aos seus
poderes de reação do sentimento se faz consciente do que foi estabelecido em sua
mente subconsciente; pelos seus poderes de expressão (pensamento, palavra e
ação), ele dá substância aquilo que está estabelecido em seu “reino”
subconsciente. A “aceitação da própria pobreza” é uma sombra no subconsciente –
significa que a pessoa se identifica com esse passado de privação devido a
alguma ação que representou o mau uso ou o abuso de oportunidades e meios. Em
resumo, suas culpas nesses assuntos causaram a condição ou situação presente que
é o “complexo de pobreza”. A pobreza não é uma realidade da vida, é uma
interpretação individual de condições que está baseada em vidas passadas. Pense
por um momento: A vida é tão pobre? O planeta Terra é tão pobre? Todo o ser
humano tem o mesmo sentimento de complexo de pobreza que todos os outros? Tem
cada pessoa que sofrer o complexo de pobreza eternamente? A resposta a todas as
estas perguntas é: não. Vamos considerar agora uma chave astrológica esotérica
muito importante e interessante que nos pode oferecer meios de ajudar a
dissolver o complexo de pobreza de modo que as energias presas sejam deixadas
livres para agirem fluentemente.
Encontramos uma pista nas exaltações planetárias – poderes
anímicos de percepção espiritual destilada da regeneração consciente em vidas
passadas – segundo são representados no Grande Mandala Astrológico: Júpiter,
regente de Sagitário, exaltado em Câncer; a Lua, regente de Câncer, exaltada em
Taurus; Vênus o principio do equilíbrio que rege ao mesmo tempo Taurus e Libra;
Saturno, regente de Capricórnio, exaltado em Libra; Marte, regente de Áries,
exaltado em Capricórnio. Júpiter exaltado em Câncer, como a percepção do poder
de “dar”.
Se desejarmos transmutar o complexo de pobreza, temos que
demonstrar nossa sinceridade nesse ponto, fazendo algo de natureza fluente para
manifestar a condição desejada na experiência humana. Essa forma de expressão é
o que chamamos “ação de dar”. A afirmação de que a ação de “dar” é mais
bem aventurada do que receber significa muito mais do que um velho adágio.
Contém um profundo significado metafísico e oculto. A ação de dar é uma benção
para a mente subconsciente daquele que assim o faz. Se você esta convencido, em
seu subconsciente congestionado, que uma condição desejada ou requerida “não é
para você”, porém, você faz algo para possibilitar que outra pessoa alcance essa
coisa, você esta tomando o primeiro passo e o mais importante na dissolução de
seu próprio complexo de pobreza. Se o seu complexo de pobreza fosse “total”,
você talvez nem se preocupasse em facilitar a vida dessa pessoa. O fato de você
executar essa ação benéfica em prol de alguém provoca uma impressão em sua mente
subconsciente que o torna também suscetível de receber uma ação semelhante. Com
essa ação efetuada com sincera motivação de serviço, você começa a limpar as
energias subconscientes presas porque a ação de dar é fluência na ação. Desse
modo você se faz receptivo às possibilidades de realizar seus desejos ou coisas
requeridas de seus assuntos e ambientes. Em consequência, o resultado é que você
estabelece mais luz em sua mente subconsciente e essa condição daí em diante, se
converte em um imã para atrair aquelas coisas que você necessita ou deseja. Com
o sentimento iluminado resultado do alivio provocado pela ação de dar e a maior
consciência do “dar”, a exaltação de Marte em Capricórnio faz você mais
consciente do que deve fazer, como disciplina e desenvolvimento pessoal, e isso
se torna uma coisa permanente em sua consciência anímica. Em outras palavras, a
nova condição conduz você a um novo caminho de esforços espiritualizados no qual
tem como meta o estabelecimento integral para uso permanente de uma nova
realidade espiritual. O fato de uma ação auxiliadora e sincera originar o
processo de fluência – Marte exaltado, esforço construtivo persistente – deve
ser aplicado de modo que o complexo de pobreza de muitos anos de duração possa
dissolver-se por completo e as energias comprometidas possam ser transmutadas
completamente com a consciência da Luz. Isso significa que deve haver uma maior
honestidade própria; deve haver uma dedicação mais persistente e completa
para as condições e esforços correntes; toda tendência ou inclinação de dominar
a outros – mental, emocional ou fisicamente, ou em qualquer situação indevida de
escravidão deve ser abandonada. Lembre-se que você deseja a libertação do seu
complexo de pobreza e dessa forma você deve dar a outros o dom da liberdade;
para poder fazer isso você terá que deixar para trás certas classes de temores,
pois a coragem é um dos atributos da fluição. Como pode a água do gelo fluir se
ela temesse o movimento, ou se o gelo e a neve tivessem medo de derreter-se? Nós
temos que realmente desejar “dissolver” ou “derreter” as congestões secretas, se
temos o desejo de nos realizar e tornar nossa consciência num permanente estado
de afluência. Os poderes da Verdade, o Valor, a Fé, o Amor, a Alegria, e a
Liberdade são as “qualidades térmicas” por médio das quais o Espírito derrete as
congestões paralisadoras estabelecidas pelo “ego pessoal” em sua expressão,
devidas a interpretações irredimidas.
Se a abundancia financeira é um símbolo de afluência
desejada ou requerida, então os pontos que estão exaltados nos signos de Vênus
nos dão algumas chaves. A pessoa que exercita a desorganização caótica na
maioria de suas coisas materiais – não importa quanto dinheiro tenha – está
atuando contra a afluência, porque esta classe de funcionamento é uma evidencia
concreta de debilidades no trabalho. A exaltação da Lua em Taurus – signo da
segunda casa - pode-se afirmar que ela transmite a palavra chave: eu estabeleço
a afluência pela reta mordomia agora. Nos locais e estabelecimentos de negócios,
nas atividades profissionais ou assuntos comerciais, os humanos não podem
estabelecer desordem nas relações de intercambio financeiro e esperar que
continue a qualidade da afluência. Imputamos cargas sobre os outros se cometemos
desordem em nossos assuntos e, tarde ou cedo teremos que retificar esse
desequilíbrio. O signo de Taurus está polarizado pelo signo fixo de Scorpions,
que se refere à consciência sexual. É um fato estabelecido pela psicologia e
metafísica que a consciência do dinheiro está duplicada pela consciência do
sexo. Ambas são aspectos do desejo de manutenção e perpetuação. É patente que as
congestões diante das atitudes perante o sexo ou para o dinheiro - Scorpions
e Taurus - têm um efeito reflexivo entre esses signos, ou seja, um
afeta o outro. Nesses tempos de aceleração evolutiva, os seres humanos
recebem as oportunidades de resolver uma boa parte de seus carmas de muitas
vidas passadas e o sexo e o dinheiro tem sido os “desejos” que tem
impressionado a mente subconsciente de uma maneira negativa em nossas
experiências passadas.
A economia do País com a sobrecarga de obrigações e impostos sobre
os cidadãos colabora para estabelecer um estado de insegurança e à luz do que se
tem revelado com relação aos aspectos sexuais da natureza humana, tais condições
propiciam o resgate de carmas da consciência procriadora que tem sido reveladas
em tantas formas complexas. Portanto, a “consciência muito pobre do
dinheiro” em um homem poderá encontrar-se suas raízes em condições
psicogenéticas constritoras e estas condições requererão maior vivificação da
consciência amorosa e boa vontade para outros seres humanos. Saturno, gerente
de Capricórnio, está exaltado em Libra, signo da sétima casa do Grande Mandala.
Esta é a insígnia, em simples forma astrológica, da regra de Ouro - o
cumprimento perfeito da experiência através da consciência de relação humana
harmonizada e consciência de justiça espiritual que essa forma de realização
inclui. A afluência é a provisão de Vida para nosso sustento. Essa
provisão é estabelecida para nosso uso, também se qualquer coisa em nossa
consciência trata de privar outra pessoa do que é justo para ela como
realização, então, negamos nosso reconhecimento da afluência da Vida; limitamos
nossa expressão da afluência e surge a pobreza.
O símbolo tradicional do Sol - o ponto circunscrito por um círculo
– que tomamos para essa consideração - como o símbolo de todas as
potencialidades afluentes, o símbolo da total provisão da Vida. Pois,
representa de onde todas as coisas necessárias para nossa evolução são
originadas – assim como tudo que esta representado em um horóscopo tem sua
origem nesse ponto central. O Sol como regente do signo solar Leo, pode
tomar-se como o símbolo da afluência da Luz espiritual - todo o Amor,
toda a Sabedoria, toda a Verdade, toda a Beleza e toda a
Idealização que os seres humanos possam realizar e também todas as
representações materiais que nós interpretamos por nossa consciência
espiritualizada. O poder em todos os graus possíveis esta representado pelo Sol
e desse modo representa todo grau possível de poder que um ser humano pode
realizar. O Poder é parte de um trabalho de nossa vida para implantar um
reconhecimento em nos mesmos.
Apesar, de a pobreza ser uma ilusão criada por uma consciência
humana relativamente subdesenvolvida, não é estritamente correto sob o ponto de
vista filosófico que “Saturno” seja o símbolo da pobreza. Tal interpretação é
uma injustiça a Saturno. Saturno nos fala, através de nossos temores e culpas,
das áreas irrealizadas de nossa experiência; quando estas áreas são por fim
cumpridas, se estabelece na consciência o sentimento de segurança e por
consequência se estabelece uma sensação de quietude interna que produz a
afluência. Os aspectos de quadraturas no horóscopo individual representam áreas
de tensão internas e cada uma destas poderá ser interpretada como uma
“potencialidade de pobreza”. A regeneração alquímica quando expressam os
atributos espirituais dos pontos planetários envolvidos “derretem os gelos” da
congestão interna. A pessoa que sofre de um sentimento de “pobreza de educação”
deve primeiro curar sua mente subconsciente revitalizando-a com um forte desejo
de aprender; o desejo de aprender é o desejo de experimentar a afluência no
plano mental e esta forma de afluência somente pode ser experimentada quando se
permite a mente tornar-se receptiva. As tendências ao prejuízo, o dogmatismo, a
obstinação e a tirania mental devem ser transmutadas e dar lugar a humildade,
que o verdadeiro estudante deve estabelecer em sua subconsciência. Se a educação
por seus próprios meios não é possível no momento, então, o verdadeiro estudante
abre sua mente e consciência para outras fontes de estudos e aprendizagem:
bibliotecas, livrarias e palestras públicas, que estão ao alcance de todos
atualmente. Se a educação é uma coisa desejada, então a pessoa terá que assumir
seu desejo sincero mediante sua disposição de organizar sua vida e seus assuntos
para a realização de sua meta. As pessoas podem aprender muito por um método
mais fácil, ao ficar mais receptiva e observadora do mundo que a
rodeia.
A pobreza de amor, amizade e companheirismo é
talvez a mais trágica de todas as provas de congestão cármica. A pessoa que
sofre estas privações deveria prestar atenção no fato de que o amor e a
amizade são estados de consciência - e ao melhorarmos nossa
consciência torna possível sua expressão e realização fluente nos
relacionamentos. É importante também reconhecer que muitas pessoas que aspiram
honestamente as alegrias do relacionamento e os cumprimentos do companheirismo
não são amistosas consigo mesmas não importa o quão devotas possam parecer para
os outros. O respeito e a autoestima, como expressão da Vida Divina e as
potencialidades de você revelar aquilo que é bom e belo, deve ser estabelecidos
em sua consciência, ao invés de cultuar a baixa estima e os sentimentos de
inferioridades e outros adjetivos semelhantes. A falta de harmonia em padrões de
relacionamentos como aqueles que temos com nossos pais ou parentes fraternais
devem ser transmutados pela expansão da consciência de relação em formas mais
universais. Mas recordemos sempre que a vontade de compreender verdadeiramente
os outros pode abrir áreas oprimidas de qualquer relação humana. Devemos ser
afluentes em nossa boa vontade para os outros se queremos realizar a afluência
em nossa experiência. FIM
A palavra “Afluência” é derivada de duas palavras
latinas “ad”, que significa para fora e “fluere” que significa “fluir”. Nós a
usamos geralmente para referirmos a condições caracterizadas como abundância e
plenitude de provisão de riquezas; porém, uma melhor avaliação do significado da
palavra nos dá a chave de seu significado esotérico. Não é basicamente uma
descrição de condições senão uma qualidade de consciência por meio da qual a
abundância se alcança e se manifesta. Em outras palavras, a consciência humana,
a luz mediante a qual um ser humano percebe a “LUZ” – contém a potencialidade de
funcionar com “afluência” de maneira que por correspondência as condições de
abundancia possam fluir nos ambientes e assuntos humanos. Assim, como o desejo
de alcançar a saúde é um dos muitos esforços humanos de perceber a LUZ, assim
também é o desejo de alcançar a afluência. É importante saber como pode
um ser humano gerar uma classe de consciência que faz possível a abundancia em
sua vida.
Se a consciência da “fome” é indicativa de uma necessidade
profundamente sentida, então a “pobreza” é uma combinação dessa necessidade com
a convicção de que essa necessidade não se pode, e nem se poderá realizar-se. A
pobreza é o contrário da abundância – representa uma privação de consciência que
esta demonstrada externamente pela deficiência ou carência relativas de coisas
essenciais ou desejadas. Não nos sentimos “pobres” por não ter algo que nós é
indiferente. Sentir-se “pobre” é sentir-se privado de algo que pelo qual temos
um forte desejo ou necessidade. O complexo de pobreza é uma forma de padrão
mental, de qualidade congestionada, pela qual um ser humano se priva das
realizações da fluência ou fluição das coisas; esta privação é uma convicção de
carência que caracteriza geralmente seu modo de vida ou se manifesta em algum
fator especifico ou área de sua vida. O complexo de pobreza é sempre uma reação
cármica devido a abusos ou ao mau uso dos meios e de oportunidades em vidas
passadas. Ele esta construído essencialmente sobre o medo e culpa residual, como
uma reação subconsciente de ações trazidas do passado, como
“desperdício”, “a destruição”, “a desonestidade” e a
“desonra”. Devido a estes resíduos minamos nossa consciência do reto uso; nosso
espírito de destruição produz um poder de repulsão no nosso subconsciente que
“nega” nosso desejo de atrair aquilo que agora desejamos ou necessitamos; pela
desonestidade, pela desonra, privamos outras pessoas daquilo que
lhes pertencia legitimamente e esse resíduo subconsciente, agora se manifesta
como “complexo de pobreza”, é a essência enervante e inanimada do medo e da
culpa. Seja de curta ou demorada duração, o “sentimento de pobreza” é sempre um
indício, uma comunicação ao nosso consciente, devido à reação inconsciente, de
que uma revisão drástica da nossa consciência é necessária.
Essa revisão deve se estabelecer na nossa mente subconsciente
antes que as condições melhoradas possam se manifestar nas nossas condições
externas. Em outras palavras, os sentimentos de uma pessoa sobre a vida e sobre
si mesma devem ser melhoradas ou transmutadas por um processo de sinceridade,
para que ela pela expressão de sua consciência possa “fluir com mais liberdade
em sua vida” e que a manifestação da abundancia da vida possam “fluir com mais
liberdade em seus assuntos pessoais“. A água é o símbolo mais perfeito do
principio de “afluição na vida”; assim a água nas nuvens, em forma de gelo ou
neve, deve ser deixada livre antes de fluir para os rios. É o poder do calor que
torna a água livre, de seu estado estático como gelo ou neve e libera suas
potencialidades; correspondentemente deve haver alguma forma de calor espiritual
no subconsciente humano como meio de revivificar a perspectiva de si mesmo e de
suas condições. Como se consegue esta ação renovadora? Consideremos o que o
Grande Mandala Astrológico (um círculo de doze casas rodeado pelo circulo do
Zodíaco com o signo de Áries no Ascendente) tem a nos oferecer como
guia?
Consideremos primeiro os dois signos que formam o diâmetro
vertical da roda: Câncer, signo cardeal de água, está no extremo inferior;
Capricórnio, signo cardeal de terra está no extremo superior; a linha vertical
completa é a linha de geração e descendência. A Lua, regente de
Câncer, é o símbolo arquetípico da “Mãe”; Saturno, regente de Capricórnio, é o
símbolo arquetípico do “Pai”. Esótericamente estes dois signos e a linha que
formam, é uma emanação que vem desde o centro da roda, e se refere ao atributo
de um ser humano de criar seu próprio destino pelo exercício de sua consciência
de encarnação à encarnação. O homem determina a sua linha evolutiva existencial
de acordo com os padrões que estabelece em sua mente subconsciente (Câncer) e
pela maneira de como exterioriza estes princípios ou fundamentos (Capricórnio).
Por sua participação no poder criador do pensamento, cada ser humano é a mãe e o
pai da qualidade de seu próprio padrão ou linha evolutiva. Devido aos seus
poderes de reação do sentimento se faz consciente do que foi estabelecido em sua
mente subconsciente; pelos seus poderes de expressão (pensamento, palavra e
ação), ele dá substância aquilo que está estabelecido em seu “reino”
subconsciente. A “aceitação da própria pobreza” é uma sombra no subconsciente –
significa que a pessoa se identifica com esse passado de privação devido a
alguma ação que representou o mau uso ou o abuso de oportunidades e meios. Em
resumo, suas culpas nesses assuntos causaram a condição ou situação presente que
é o “complexo de pobreza”. A pobreza não é uma realidade da vida, é uma
interpretação individual de condições que está baseada em vidas passadas. Pense
por um momento: A vida é tão pobre? O planeta Terra é tão pobre? Todo o ser
humano tem o mesmo sentimento de complexo de pobreza que todos os outros? Tem
cada pessoa que sofrer o complexo de pobreza eternamente? A resposta a todas as
estas perguntas é: não. Vamos considerar agora uma chave astrológica esotérica
muito importante e interessante que nos pode oferecer meios de ajudar a
dissolver o complexo de pobreza de modo que as energias presas sejam deixadas
livres para agirem fluentemente.
Encontramos uma pista nas exaltações planetárias – poderes
anímicos de percepção espiritual destilada da regeneração consciente em vidas
passadas – segundo são representados no Grande Mandala Astrológico: Júpiter,
regente de Sagitário, exaltado em Câncer; a Lua, regente de Câncer, exaltada em
Taurus; Venus o principio do equilíbrio que rege ao mesmo tempo Taurus e Libra;
Saturno, regente de Capricórnio, exaltado em Libra; Marte, regente de Áries,
exaltado em Capricórnio. Júpiter exaltado em Câncer, como a percepção do poder
de “dar”.
Se desejarmos transmutar o complexo de pobreza, temos que
demonstrar nossa sinceridade nesse ponto, fazendo algo de natureza fluente para
manifestar a condição desejada na experiência humana. Essa forma de expressão é
o que chamamos “ação de dar”. A afirmação de que a ação de “dar” é mais
bem aventurada do que receber significa muito mais do que um velho adágio.
Contém um profundo significado metafísico e oculto. A ação de dar é uma benção
para a mente subconsciente daquele que assim o faz. Se você esta convencido, em
seu subconsciente congestionado, que uma condição desejada ou requerida “não é
para você”, porém, você faz algo para possibilitar que outra pessoa alcance essa
coisa, você esta tomando o primeiro passo e o mais importante na dissolução de
seu próprio complexo de pobreza. Se o seu complexo de pobreza fosse “total”,
você talvez nem se preocuparia em facilitar a vida dessa pessoa. O fato de você
executar essa ação benéfica em prol de alguém provoca uma impressão em sua mente
subconsciente que o torna também suscetível de receber uma ação semelhante. Com
essa ação efetuada com sincera motivação de serviço, você começa a limpar as
energias subconscientes presas porque a ação de dar é fluência na ação. Desse
modo você se faz receptivo às possibilidades de realizar seus desejos ou coisas
requeridas de seus assuntos e ambientes. Em consequência, o resultado é que você
estabelece mais luz em sua mente subconsciente e essa condição daí em diante, se
converte em um imã para atrair aquelas coisas que você necessita ou deseja. Com
o sentimento iluminado resultado do alivio provocado pela ação de dar e a maior
consciência do “dar”, a exaltação de Marte em Capricórnio faz você mais
consciente do que deve fazer, como disciplina e desenvolvimento pessoal, e isso
se torna uma coisa permanente em sua consciência anímica. Em outras palavras, a
nova condição conduz você a um novo caminho de esforços espiritualizados no qual
tem como meta o estabelecimento integral para uso permanente de uma nova
realidade espiritual. O fato de uma ação auxiliadora e sincera originar o
processo de fluência – Marte exaltado, esforço construtivo persistente – deve
ser aplicado de modo que o complexo de pobreza de muitos anos de duração possa
dissolver-se por completo e as energias comprometidas possam ser transmutadas
completamente com a consciência da Luz. Isso significa que deve haver uma maior
honestidade própria; deve haver uma dedicação mais persistente e completa
para as condições e esforços correntes; toda tendência ou inclinação de dominar
a outros – mental, emocional ou fisicamente, ou em qualquer situação indevida de
escravidão deve ser abandonada. Lembre-se que você deseja a libertação do seu
complexo de pobreza e dessa forma você deve dar a outros o dom da liberdade;
para poder fazer isso você terá que deixar para trás certas classes de temores,
pois a coragem é um dos atributos da fluição. Como pode a água do gelo fluir se
ela temesse o movimento, ou se o gelo e a neve tivessem medo de derreter-se? Nós
temos que realmente desejar “dissolver” ou “derreter” as congestões secretas, se
temos o desejo de nos realizar e tornar nossa consciência num permanente estado
de afluência. Os poderes da Verdade, o Valor, a Fé, o Amor, a Alegria, e a
Liberdade são as “qualidades térmicas” por médio das quais o Espírito derrete as
congestões paralizadoras estabelecidas pelo “ego pessoal” em sua expressão,
devidas a interpretações irredimidas.
Se a abundancia financeira é um símbolo de afluência
desejada ou requerida, então os pontos que estão exaltados nos signos de Venus
nos dão algumas chaves. A pessoa que exercita a desorganização caótica na
maioria de suas coisas materiais – no importa quanto dinheiro tenha – esta
atuando contra a afluência, porque esta classe de funcionamento é uma evidencia
concreta de debilidades no trabalho. A exaltação da Lua em Taurus – signo da
segunda casa - pode-se afirmar que ela transmite a palavra chave: eu estabeleço
a afluência pela reta mordomia agora. Nos locais e estabelecimentos de negócios,
nas atividades profissionais ou assuntos comerciais, os humanos não podem
estabelecer desordem nas relações de intercambio financeiro e esperar que
continue a qualidade da afluência. Imputamos cargas sobre os outros se cometemos
desordem em nossos assuntos e, tarde ou cedo teremos que retificar esse
desequilíbrio. O signo de Taurus está polarizado pelo signo fixo de Scorpions,
que se refere à consciência sexual. É um fato estabelecido pela psicologia e
metafísica que a consciência do dinheiro está duplicada pela consciência do
sexo. Ambas são aspectos do desejo de manutenção e perpetuação. É patente que as
congestões diante das atitudes perante o sexo ou para o dinheiro - Scorpions e
Taurus - têm um efeito reflexivo entre esses signos, ou seja, um afeta o
outro. Nesses tempos de aceleração evolutiva, os seres humanos recebem as
oportunidades de resolver uma boa parte de seus carmas de muitas vidas passadas
e o sexo e o dinheiro tem sido os “desejos” que tem impressionado a mente
subconsciente de uma maneira negativa em nossas experiências
passadas.
A economia do País com a sobrecarga de obrigações e impostos sobre
os cidadãos colabora para estabelecer um estado de insegurança e à luz do que se
tem revelado com relação aos aspectos sexuais da natureza humana, tais condições
propiciam o resgate de carmas da consciência procriadora que tem sido reveladas
em tantas formas complexas. Portanto, a “consciência muito pobre do
dinheiro” em um homem poderá encontrar-se suas raízes em condições
psicogenéticas constritoras e estas condições requererão maior vivificação da
consciência amorosa e boa vontade para outros seres humanos. Saturno, gerente
de Capricórnio, está exaltado em Libra, signo da sétima casa do Grande Mandala.
Esta é a insígnia, em simples forma astrológica, da regra de Ouro - o
cumprimento perfeito da experiência através da consciência de relação humana
harmonizada e consciência de justiça espiritual que essa forma de realização
inclui. A afluência é a provisão de Vida para nosso sustento. Essa
provisão é estabelecida para nosso uso, também se qualquer coisa em nossa
consciência trata de privar outra pessoa do que é justo para ela como
realização, então, negamos nosso reconhecimento da afluência da Vida; limitamos
nossa expressão da afluência e surge a pobreza.
O símbolo tradicional do Sol - o ponto circunscrito por um círculo
– que tomamos para essa consideração - como o símbolo de todas as
potencialidades afluentes, o símbolo da total provisão da Vida. Pois,
representa de onde todas as coisas necessárias para nossa evolução são
originadas – assim como tudo que esta representado em um horóscopo tem sua
origem nesse ponto central. O Sol como regente do signo solar Leo, pode
tomar-se como o símbolo da afluência da Luz espiritual - todo o Amor,
toda a Sabedoria, toda a Verdade, toda a Beleza e toda a
Idealização que os seres humanos possam realizar e também todas as
representações materiais que nós interpretamos por nossa consciência
espiritualizada. O poder em todos os graus possíveis esta representado pelo Sol
e desse modo representa todo grau possível de poder que um ser humano pode
realizar. O Poder é parte de um trabalho de nossa vida para implantar um
reconhecimento em nos mesmos.
Apesar, de a pobreza ser uma ilusão criada por uma consciência
humana relativamente subdesenvolvida, não é estritamente correto sob o ponto de
vista filosófico que “Saturno” seja o símbolo da pobreza. Tal interpretação é
uma injustiça a Saturno. Saturno nos fala, através de nossos temores e culpas,
das áreas irrealizadas de nossa experiência; quando estas áreas são por fim
cumpridas, se estabelece na consciência o sentimento de segurança e por
consequência se estabelece uma sensação de quietude interna que produz a
afluência. Os aspectos de quadraturas no horóscopo individual representam áreas
de tensão internas e cada uma destas poderá ser interpretada como uma
“potencialidade de pobreza”. A regeneração alquímica quando expressam os
atributos espirituais dos pontos planetários envolvidos “derretem os gelos” da
congestão interna. A pessoa que sofre de um sentimento de “pobreza de educação”
deve primeiro curar sua mente subconsciente revitalizando-a com um forte desejo
de aprender; o desejo de aprender é o desejo de experimentar a afluência no
plano mental e esta forma de afluência somente pode ser experimentada quando se
permite a mente tornar-se receptiva. As tendências ao prejuízo, o dogmatismo, a
obstinação e a tirania mental devem ser transmutadas e dar lugar a humildade,
que o verdadeiro estudante deve estabelecer em sua subconsciência. Se a educação
por seus próprios meios não é possível no momento, então, o verdadeiro estudante
abre sua mente e consciência para outras fontes de estudos e aprendizagem:
bibliotecas, livrarias e palestras publicas, que estão ao alcance de todos
atualmente. Se a educação é uma coisa desejada, então a pessoa terá que assumir
seu desejo sincero mediante sua disposição de organizar sua vida e seus assuntos
para a realização de sua meta. As pessoas podem aprender muito por um método
mais fácil, ao ficar mais receptiva e observadora do mundo que a
rodeia.
A pobreza de amor, amizade e companheirismo é
talvez a mais trágica de todas as provas de congestão cármica. A pessoa que
sofre estas privações deveria prestar atenção no fato de que o amor e a
amizade são estados de consciência - e ao melhorarmos nossa
consciência torna possível sua expressão e realização fluente nos
relacionamentos. É importante também reconhecer que muitas pessoas que aspiram
honestamente as alegrias do relacionamento e os cumprimentos do companheirismo
não são amistosas consigo mesmas não importa o quão devotas possam parecer para
os outros. O respeito e a autoestima, como expressão da Vida Divina e as
potencialidades de você revelar aquilo que é bom e belo, deve ser estabelecidos
em sua consciência, ao invés de cultuar a baixa estima e os sentimentos de
inferioridades e outros adjetivos semelhantes. A falta de harmonia em padrões de
relacionamentos como aqueles que temos com nossos pais ou parentes fraternais
devem ser transmutados pela expansão da consciência de relação em formas mais
universais. Mas recordemos sempre que a vontade de compreender verdadeiramente
os outros pode abrir áreas oprimidas de qualquer relação humana. Devemos ser
afluentes em nossa boa vontade para os outros se queremos realizar a afluência
em nossa experiência.
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