quarta-feira, 19 de outubro de 2016

FESTA JUNINA E O QUE MEU CORAÇAO ME LEVA A QUERER A FAZER




Origem da Festa Junina


As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã.


No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte em nosso planeta.


Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. "Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês", diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).


O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).


Outra versão ocidental diz que o nome desta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem apenas a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.


De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).


Todos estes elementos culturais foram com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.


Com a miscigenação da cultura portuguesa, chinesa, espanhola e francesa se formalizaram algumas tradições presentes na Festa Junina. Da França, veio a dança com passos marcados, o que influenciou as quadrilhas brasileiras. Da China, surgiu a tradição dos fogos de artifício, região onde teria surgido a manipulação da pólvora. Da Península Ibérica, teria vindo a dança de fitas, comum em Portugal e Espanha. Com o tempo, tudo isso foi sofrendo mudanças influenciadas pela cultura brasileira.


Dança à francesa


Como dissemos, a quadrilha tem origem francesa, nas contradanças de salão do século 17. Em pares, os dançarinos faziam uma sequência coreografada de movimentos alegres. O estilo chegou ao Brasil no século 19, trazido pelos nobres portugueses, e foi sendo adaptado até fazer sucesso nas festas juninas.


Comilança nativa


A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam, como milho, amendoim, batata-doce e mandioca. A colonização portuguesa adicionou novos ingredientes e hoje o cardápio ideal tem milho verde, bolo de fubá, pé-de-moleque, quentão, pipoca e outras gostosuras.


Comidas típicas


Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, curau de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.


Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.


Uma coisa não falta em festas juninas; a diversidade de alimentos que encontramos. Vale a pena pegar a receita de alguns caso queira realizar um arraial. São eles:


Bolo de milho verde, baba de moça, biscoito de polvilho, pipoca, curau, pamonha, canjica, milho cozido, suco de milho verde, quentão, batata doce assada, bolo de fubá, cocada, cajuzinho, doce de abóbora, doce de batata doce, maria-mole, pão de batata, pastel junino, pé-de-moleque, pinhão, cuscuz, quebra queixo, quindim, rosquinhas de São João, vinho quente, churros, arroz-de-cuxá, torta de camarão e peixe frito.


Fogueira de São João


A fogueira já estava presente nas celebrações juninas feitas por pagãos e indígenas, mas também ganhou uma explicação cristã: Segundo a tradição, as fogueiras nas festas juninas existem, pois foi uma ordem dada por Isabel (mãe de São João Batista) assim que deu à luz ao seu filho em 24 de junho. O fogo foi a forma de comunicar o nascimento à Maria (mãe de Jesus) que estava em outro ponto do vale. Maria também estava grávida, e seis meses depois Jesus nascia.


Festas Juninas no Nordeste


Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.


Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.


No Sudeste


Na região Sudeste, onde se intensificam as metrópoles, são comuns a realização de quermesses. Normalmente são realizadas por igrejas, escolas, sindicatos e empresas. Nestas festas são montadas barracas dos mais variados tipos; desde brincadeiras como pesca e tomba-lata até comidas como milho verde e churrasco. Há a presença de grupos de quadrilhas que se apresentam para o público.


Principais tradições


As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.


No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.


Já na região Sudeste é tradicional a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.


Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.


Casamento Caipira


Conhecido também por "Casório Matuto", o Casamento Caipira consiste em organizar um casamento falso com muitas brincadeiras. A história é sempre a mesma. A noiva aparece grávida antes do casamento e o pai da moça obriga o noivo a casar. O noivo no dia de cerimônia tenta fugir mas é pego pelo delegado e seus soldados. A cerimônia passa a ser vigiada pela polícia e o noivo, durante a celebração, é ameaçado com uma espingarda portada pelo pai da noiva. Depois que o casamento é realizado, a quadrilha começa.


Bandeirinhas


Antigamente, as imagens dos três santos juninos (Santo Antônio, São João e São Pedro) eram gravadas em bandeiras e colocadas na água e em seguida, as pessoas eram banhadas com esta água purificada. Com o passar dos anos, essa brandeiras deram lugar às bandeirinhas coloridas que conhecemos.


Balões


Os balões eram usados antigamente como forma de comunicação. Alguns serviam para avisar a vizinhança que a festa já estava para começar. Hoje é menos comum vê-los, já que aqui no Brasil a prática de soltar balões é crime.



Estilos Musicais


Os tipos de músicas presente nessas festas são normalmente o forró, baião, xote, reisado, samba de coco e as cantigas tipicamente de festas juninas.


Abençoadas simpatias


Os três santos homenageados em junho - Santo Antônio, São João Batista e São Pedro - inspiram não só novenas e rezas, como também várias simpatias. Acredita-se, por exemplo, que os balões levam pedidos para São João. Mas Santo Antônio é o mais requisitado, por seu "poder" de casar moças solteiras.


Santo Antônio

Nascido em Lisboa, sem data certa, seu nome de batismo era Fernando de Bulhões. Pertencia a uma família abastada mas abdicou de toda riqueza para ingressar na ordem dos Franciscanos. Desenvolveu em toda sua vida o trabalho missionário. Após ficar muito doente, Fernando fixou moradia na Itália. Possuía grande conhecimento da Bíblia e impressionava intelectuais e pessoas comuns. Morreu em 13 de junho de 1231, sendo canonizado no ano seguinte pelo nome de Santo Antônio.


São João Batista

Normalmente, o dia de algum santo se comemora no dia de sua morte. Com São João Batista acontece o contrário. Comemorado em 24 de junho, João Batista foi um profeta que anunciou a vinda de Jesus Cristo. Filho de Zacarias e de Isabel parentes de Maria, mãe de Jesus. João foi o responsável pelo batizado de Jesus Cristo no rio Jordão. Logo depois foi preso por censurar o rei Herodes.


São Pedro

São Pedro era um pescador irmão de Santo André. Foi chamado por Jesus Cristo para se tornar um "pescador de homens". Segundo as escrituras, Jesus teria lhe entregue as chaves do reino dos céus. Conta-se que São Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo no dia 29 de junho, para não se igualar a Jesus, após tê-lo negado 3 vezes. Sua crucificação aconteceu em Roma, na Itália a mando de Nero.


Arraial multicultural

O mais importante de tudo isso é observar que tradições europeias e indígenas se misturam nessas divertidas comemorações envoltas em muita paz e harmonia!


O QUE MEU CORAÇAO ME LEVA A QUERER FAZER?

MINHA INTUIÇAO =  CORAÇAO
É MUITO FORTE.
SEMPRE ME MOSTRA O CAMINHO CERTO QUE DEVO SEGUIR.
ANTES, EU QUASE NUNCA O SEGUIA E SOFRIA TODAS AS VEZES ARREPENDIDA.
HOJE JA ME POLICIO.
OUÇO ELE COMPLETAMENTE
E TEM DADO MUITO CERTO.
MEU CORAÇAO SEMPRE ME MOSTRA O CAMINHO QUE DEVO SEGUIR,
POIS É O QUE REALMENTE QUERO
E O ATALHO DELE É VERDADEIRO
OS OUTROS SAO ARMADILHAS.
ELE ME MANDA PARAR DE AGRADAR OS OUTROS
E ME PRIORIZAR
ME AMAR.
A ENERGIA DO MEU CARDIACO É TAO FORTE
QUE É ELA QUE REGULA TODO O MEU CORPO VERDADEIRAMENTE E ME SUSTENTA.
ME POE EM PE QUANTAS VEZES FOREM PRECISO.
MEU CORAÇAO NAO ENDURECEU APESAR DE TUDO
CONTINUA AMANDO E ME AMANDO...

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