A
verdadeira história de São Cosme e São Damião, mártires
lembramos
dois dos santos mais citados na Igreja: São Cosme e São Damião, irmãos gêmeos,
médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente (Cilícia,
Ásia Menor, entre os séculos III e IV), e, desde jovens, eram reconhecidos por
sua habilidade como médicos. Com a conversão, passaram a ser também
missionários, ou seja, ao unirem a ciência à confiança no poder da oração,
levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.
Viveram
na Ásia Menor, até que, devido à perseguição de Diocleciano, no ano 300 da Era
Cristã, foram presos por serem considerados inimigos dos deuses e acusados de
usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta
acusação, a resposta deles era sempre: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus
Cristo e pelo Seu poder!”
Diante
da insistência dos perseguidores da fé cristã, com relação à adoração aos
deuses, responderam: “Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do
céu e da terra!”
Atenção
para este recado:
Na
Igreja muitos santos são estigmatizados pelo misticismo devido ao choque de
culturas. Nada contra outras culturas, mas é sempre muito bom lembrar a
verdadeira origem dos fatos. Muitos de nossos santos são cultuados também no
candomblé e em outras religiões, mas a história é bem diferente. Na época da
escravatura no Brasil, os escravos africanos criaram uma maneira criativa e
inteligente de enganar os senhores de Engenho. Invocavam os seus deuses Orixá,
Oxalá, Ogum como São Sebastião, São Jorge e Jesus, e os negros bantos
identificaram Cosme e Damião como os orixás Ibejis em um sincretismo religioso.
E fizeram o mesmo com outros santos também, como São Jorge, Santa Barbara, entre
outros. O sincretismo religioso é um fenômeno que consiste na absorção de
influências de um sistema de crenças por outro.
Os
negros bantos identificaram Cosme e Damião como os Ibejis: são divindades
gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos [Cosme e
Damião]. A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece no dia 27 de setembro,
quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às
crianças, portanto) são oferecidas tanto a eles como aos frequentadores dos
terreiros. Para nós, católicos, este é o dia de São Vicente de Paulo. Por isso,
há o costume de distribuir doces e comidas às crianças no dia 27, que também foi
um costume introduzido pelo candomblé.
São
Cosme e São Damião jamais abandonaram a fé cristã e foram decapitados no ano de
303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades
de medicina.
Senhor,
dai-nos uma fé viva, livre de todas as misturas, uma fé nova, traduzida na vida
e no amor aos irmãos. Por isso, proclamamos o Senhorio de Jesus em nossas vidas,
pois os santos não precisam de alimentos, pois eles já contemplam o Alimento da
Vida, que é o próprio Senhor.
Oração:
São
Cosme e Damião, que, por amor a Deus e ao próximo, vos dedicastes à cura do
corpo e da alma de vossos semelhantes. Abençoai os médicos e farmacêuticos,
medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e
todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e
protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que
sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que vossa proteção, São
Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero. Senhor nosso Deus, que
dissipais as trevas da ignorância com a luz de Cristo, vossa Palavra, fortalecei
a fé em nossos corações, para que nenhuma tentação apague a chama acesa por
vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
São
Cosme e São Damião, rogai por nós!
Minha
bênção fraterna (Fonte: Padre Luizinho/Canção Nova)).
Padre
Luizinho, natural de Feira de Santana (BA), é sacerdote na Comunidade Canção
Nova. Ordenado em 22 de dezembro de 2000, cujo lema sacerdotal é “Tudo posso
naquele que me dá força”. Twitter:
http://@peluizinho

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